Sinopse
Uma mulher, atriz, instala-se no território da memória para narrar, em primeira pessoa, os avatares de uma heroína clássica: Medeia.

 

Foi da memória que produziu tendo passado pelo seu corpo por muitos anos através do teatro, e o sentimento forjado, durante aquele tempo, para habitar sua pele e suas entranhas.

 

É uma atriz que interpreta Medeia, ou é típica de Medeia que já fala por boca da atriz.

 

A sequência é transparente: a memória não é imune à deterioração e corrosão do tempo, e é moldável ao desejo de violá-lo. Já se sabe que a história é feita por um (um) e os outros a escrevem. Então este exercício, para que funcione, pretende-se ter uma escrita conjunta sobre vida e obra deste personagem mítico. Colocamos as palavras e ações e você, espectador, faça suas suposições encontrando os silogismos.

 

Hoje a mulher recupera seu lugar. Aquele que sempre quis e nunca teve, ou foi arrebatado, aquele que lhe corresponde pela justiça e pelos princípios de sua própria natureza.

 

Os gêneros são complexos como é a vida e o uso que cada um queria dar. O resto são histórias que não se repetem mil vezes para serem interessante, preciso e necessário.

 

Obrigado por se juntar a nós nesta jornada pela memória.
 

Ficha Artística
Atriz e Dramaturga Manuela Sánchez  // Direção Pepe Bablé